Conformadas por circunstâncias biográficas e eixos temáticos comuns, as poéticas de Rui Knopfli (1932-1997) e Alberto de Lacerda (1928-2007) exploram um mesmo ethos elegíaco, compaginando-o com a tópica evocação nostálgica dos lugares da memória. Tanto no caso do autor de Elegias de Londres, como no de O Monhé das Cobras, o género da elegia surge coligado com o tema seminal do exílio, que em ambos surge declinado nas suas múltiplas modulações geográficas, políticas, temporais e ontológicas, com particular incidência nas saudades da infância moçambicana comum aos dois poetas. Se, no caso de Knopfli, a elegia tematiza a dilacerante experiência de expatriado de um império extinto, num verdadeiro trabalho de luto pós-colonial, em Lacerda a exaltação libertária vivida numa pátria adotiva, livre da sombra da ditadura, não deixa, contudo, de ser manchada pela solidão congénita de quem se sabe exilado de si próprio. Mais do que a convencional meditatio mortis que ecoa na elegia clássica, na poesia de Knopfli e Lacerda reverbera-se, assim, a consciência de que qualquer arcádia é precária e que, mais cedo ou mais tarde, nela se insinuará o seu fim.
Ta witryna wykorzystuje pliki cookies do przechowywania informacji na Twoim komputerze. Pliki cookies stosujemy w celu świadczenia usług na najwyższym poziomie, w tym w sposób dostosowany do indywidualnych potrzeb. Korzystanie z witryny bez zmiany ustawień dotyczących cookies oznacza, że będą one zamieszczane w Twoim komputerze. W każdym momencie możesz dokonać zmiany ustawień dotyczących cookies
Informacja
SZANOWNI CZYTELNICY!
UPRZEJMIE INFORMUJEMY, ŻE BIBLIOTEKA FUNKCJONUJE W NASTĘPUJĄCYCH GODZINACH:
Wypożyczalnia i Czytelnia Główna: poniedziałek – piątek od 9.00 do 19.00